A Metalplan foi um dos protagonistas na implantação da primeira microbiorrefinaria de biogás (para upgrading em biometano) do mundo, inaugurada em abril de 2023. Nossos especialistas projetaram e construíram, mediante especificações da Air Liquide, líder global em gases industriais e medicinais, este marco de uma era de sustentabilidade e eficiência energética na imensidão do território brasileiro.

A inovação proporcionou autossuficiência energética a uma fazenda de criação de suínos no Mato Grosso do Sul. O combustível utilizado nos tratores, caminhões, máquinas e a geração de eletricidade são decorrentes do biogás, uma fonte de energia renovável, gerada pela decomposição de matéria orgânica, como resíduos agrícolas, de alimentos e esgoto.

Mas como funciona a Estação Integrada de Compressão & Purificação/Upgradind de Biogás em Biometano?

O biogás fornecido pelo biodigestor é pré-tratado, ficando livre de umidade e H₂S, e comprimido à pressão de até 20 bar. Na sequência, pode ser destinado à geração de eletricidade ou à purificação/upgrading em biometano, com a separação de dióxido de carbono e metano, os principais componentes do biogás.

O biometano resultante deste processo, comprimido à pressão de até 300 bar, é transportado por um caminhão-tanque, para suprimento à indústria, ou armazenado em cilindros, para abastecimento de veículos e implementos agrícolas. Também conhecido como gás natural renovável (GNR), o biometano é um combustível limpo, que pode ser incorporado à infraestrutura de gás natural existente.

O projeto foi concluído em 42 meses. O lançamento contou com a participação de grandes veículos da imprensa, como Globo Rural e Forbes. O público presente ficou admirado com a transformação, em tempo real, de dejetos da fazenda no combustível biometano utilizado no novíssimo trator T6 Methane Power, da New Holland.

No Brasil, com sua rica base agroindustrial e profusão de aterros sanitários, o potencial energético do biogás é o maior do mundo: 43,2 bilhões m³/ano, entre resíduos do setor sucroenergético (48,9%), proteína animal (29,8%), produção agrícola (15,3%) e saneamento (6%).